Boa noite, pessoas da bloggosfera, que também não conseguem dormir.
Hoje, depois de umas boas horas no café com as amigas, cheguei à conclusão de como é incrível a quantidade de vezes que muitos de nós se escondem por trás das tão-famosas palavras: "Está tudo bem", quando não é, de todo, verdade.
E existem tantos casos desses. Seja em discussões entre amigos, namoros, familiares... Seja quando nos estamos a sentir uma autêntica m*rda e, mesmo assim, queremos aparentar que não se passa nada. "Está tudo bem" é o melhor escudo e o "mais à mão", para nos 'escapulirmos' à verdade que não queremos, por alguma razão, demonstrar/encarar.
Tal não quer dizer, obrigatoriamente, que somos uns terríveis mentirosos. Apenas acho que temos de admitir a nós mesmos que, por vezes, é simplesmente menos doloroso atirar um "está tudo bem" e terminar uma discussão - que, naquele momento, não irá levar a lado nenhum. E, às vezes, não queremos mostrar que estamos vulneráveis ao Mundo em volta e acho que isso deve ser respeitado.
Sim, muitas vezes, estamos mal, sem sequer sabermos porquê. E não estamos numa de "falar sobre o assunto". Então, porque não dizer "está tudo bem" e, noutra altura, discutimos o que se passa? É melhor do que nos desfazermos em lágrimas, em plena faculdade, ou café, ou etc., e gritar como a nossa vida está completamente ao contrário.
Hoje, eu disse que estava tudo bem, numa espécie de discussão, e a verdade é que não estava. Não está tudo bem. Fiquei magoada e senti-me bastante desiludida. Mas para quê estar a dizer isso num momento inconveniente, em que nem tinha tempo para explicar o quão ferida eu estava (estou)?
Se bem que, quando alguém conhece outra pessoa realmente... Sabe ver para além do "está tudo bem" e consegue compreender que, na verdade, não é assim; e que se passa alguma coisa. E quando não nos conhecem o suficiente... Para quê nos incomodarmos, de todo?
Quem nos conhece deve saber o que nos incomoda. Deve saber o que não fazer, e quando não o fazer. Portanto, o "está tudo bem" pode ser um bom código para sabermos, de facto, quem é que se esforça para nos compreender, e quem é que simplesmente está aqui na nossa vida para tomar uns cafés e umas bebedeiras.
Não concordam?...