domingo, 20 de outubro de 2013

"Está tudo bem", quando NÃO está.

Boa noite, pessoas da bloggosfera, que também não conseguem dormir.

Hoje, depois de umas boas horas no café com as amigas, cheguei à conclusão de como é incrível a quantidade de vezes que muitos de nós se escondem por trás das tão-famosas palavras: "Está tudo bem", quando não é, de todo, verdade. 

E existem tantos casos desses. Seja em discussões entre amigos, namoros, familiares... Seja quando nos estamos a sentir uma autêntica m*rda e, mesmo assim, queremos aparentar que não se passa nada. "Está tudo bem" é o melhor escudo e o "mais à mão", para nos 'escapulirmos' à verdade que não queremos, por alguma razão, demonstrar/encarar.

Tal não quer dizer, obrigatoriamente, que somos uns terríveis mentirosos. Apenas acho que temos de admitir a nós mesmos que, por vezes, é simplesmente menos doloroso atirar um "está tudo bem" e terminar uma discussão - que, naquele momento, não irá levar a lado nenhum. E, às vezes, não queremos mostrar que estamos vulneráveis ao Mundo em volta e acho que isso deve ser respeitado. 

Sim, muitas vezes, estamos mal, sem sequer sabermos porquê. E não estamos numa de "falar sobre o assunto". Então, porque não dizer "está tudo bem" e, noutra altura, discutimos o que se passa? É melhor do que nos desfazermos em lágrimas, em plena faculdade, ou café, ou etc., e gritar como a nossa vida está completamente ao contrário. 

Hoje, eu disse que estava tudo bem, numa espécie de discussão, e a verdade é que não estava. Não está tudo bem. Fiquei magoada e senti-me bastante desiludida. Mas para quê estar a dizer isso num momento inconveniente, em que nem tinha tempo para explicar o quão ferida eu estava (estou)?

Se bem que, quando alguém conhece outra pessoa realmente... Sabe ver para além do "está tudo bem" e consegue compreender que, na verdade, não é assim; e que se passa alguma coisa. E quando não nos conhecem o suficiente... Para quê nos incomodarmos, de todo? 

Quem nos conhece deve saber o que nos incomoda. Deve saber o que não fazer, e quando não o fazer. Portanto, o "está tudo bem" pode ser um bom código para sabermos, de facto, quem é que se esforça para nos compreender, e quem é que simplesmente está aqui na nossa vida para tomar uns cafés e umas bebedeiras. 

Não concordam?...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Quando ele(a) diz que vai ligar... e não liga.

Boas noites, caros leitores (estou tão cordial. deve ser da raiva!) 

Já alguma vez passaram por aquela experiência tão agradável de ter alguém a dizer-vos: "ligo-te amanhã", ou então "ligo-te logo", ou ainda o tão típico "ligo-te mal tiver um tempo"? Seja de um amigo ou de um(a) namorado(a), ou de um(a) rapaz/rapariga com quem andam a sair, ou de um(a) ex? 

E, em adição a isso mesmo, já vos aconteceu essa mesma pessoa não vos ligar de volta, simplesmente? E sem dar qualquer tipo de justificação para isso? Pelo menos, não no dia, e não muito em breve?

Depois ficamos naquele típico impasse... "Devo ligar-lhe? Talvez esqueceu-se". Até que aquela vozinha da nossa consciência nos remete para a dura e crua realidade: "Ou talvez simplesmente não está interessado(a) em falar comigo, afinal". Pois. E, no entanto, lá ficamos... Agarradinhos ao telemóvel à espera daquela chamada... Daquela chamada que, muito provavelmente, não virá. 

E porque raio é que as pessoas fazem isso? Perdoem-me a brutalidade das minhas palavras, mas incomoda-me. Inquieta-me. Sim, quem me conhece sabe que sou uma pessoa EXTREMAMENTE directa... o que pode ser óptimo, o que pode ser péssimo... Mas quando eu não tenho qualquer tipo de interesse em manter o contacto com alguém, ou em simplesmente "voltar a dar continuidade a uma conversa", eu não vou dizer ao x indivíduo: "Olha lá, ligo-te depois!". Não. Eu digo: "ficamos por aqui, então", ou "não te falo mais"... entre outros. 

Porque é que as pessoas não podem simplesmente ser directas quanto às suas intenções? Uma coisa é não estar certo daquilo que se quer, do género: "olhem, eu ainda não sei se me apetece ir ao Urban na quarta-feira... mas depois comunico". Chegado ao dia, eu aviso se quero ir ou não. Ponto! Agora, se eu sei que não quero falar mais contigo, vou dizer-te, porque obviamente tenho motivos para tal. Ou serei a única pessoa que pensa desta forma pragmática? 

Só sei que estou farta de olhar para o telemóvel. Esse bichinho de meio palmo que é capaz de levar as pessoas à loucura. Daqui a nada, desligo-o (nem sequer vou...). 

Orgulho & Amizade

Boa tarde, pessoas que possam estar, eventualmente, a ler isto. 

Dirijo-me a vocês porque penso que, muitos de vós, se consideram pessoas orgulhosas. Outras, nem tanto. Afinal, somos todos diferentes no que toca ao Amigo Orgulho. 

E, agora, pergunto-vos: até que ponto é que vocês estão dispostos a engoli-lo para salvar uma amizade? Já alguma vez o fizeram? Ou, pelo contrário... Já alguma vez perderam um amigo, ou alguém, por simplesmente não conseguirem largar o orgulho, ceder, e dar o braço a torcer?

Sinceramente, nunca me considerei uma pessoa muito orgulhosa, mas sempre tive os meus valores no que toca à amizade. Já perdoei mentiras. Já perdoei traição. Já dei oportunidades, simplesmente por ser alguém que adora acreditar nas pessoas. Mas também já mandei embora e não voltei a olhar para trás. 

Até que ponto é que uma pessoa vale o nosso orgulho e as nossas oportunidades? E até que ponto é que perdoá-la, pode até implicar pormos de lado os nossos próprios princípios? 

Como saber se uma pessoa vale a pena? E como saber se as nossas oportunidades não estão a ser desperdiçadas em vão? Será que há sequer uma maneira de o saber? Ou será que temos de simplesmente "tentar a nossa sorte" e "ver o que acontece"? 

Imaginem um amigo que vocês adoram imensamente e que tanto vos significa, há imenso tempo. Mas que, também, já vos trouxe muita mágoa e já vos desiludiu de muitas maneiras possíveis? Porém, vocês simplesmente não conseguem mandá-lo embora, por terem sempre aquela esperança de que, "desta vez", tudo correrá bem... e que as vossas oportunidades valerão sempre a pena, por ser "ele" - alguém que, ao vosso lado, também vos trouxe todo o tipo de alegrias e lições. Parece valer a pena, não? 

Quanto orgulho é possível "engolir" por alguém? E quantas oportunidades devem ser entregues a uma mesma pessoa? 2? 3?... 45? 

sábado, 12 de outubro de 2013

Ex Namorados & Amigos?



No outro dia, na Faculdade, durante o café da manhã, estava com as raparigas à conversa. E perguntei: "Alguma de vocês conseguiu manter a amizade com o vosso ex namorado?". A Teresa disse que sim, que ainda ia tomar cafés com ele. Ao passo que a Alexandra disse: "O quê?! Jamais. Que nojento". Digamos que, de nós as oito, a percentagem das que ainda são amigas do derradeiro ex é negativa. 

E, agora, pergunto-me - a mim e a vocês: Será realmente possível manter uma amizade com alguém que partilhámos um grande amor? Sem quaisquer segundas intenções ou ressentimentos? Será possível? 

Acho que tem tudo a ver com o "conseguir perdoar" e "conseguir seguir em frente". Sim, porque nem vou chamar o verbo "esquecer" para a equação, visto que, por muito que tentemos, esquecer alguém é realmente pouco provável. Eu ainda me lembro da minha professora da pré-escola. Tenho dito. 

A Alexandra disse, naquela conversa, que "odiar é a forma mais fácil de esquecer". E algumas delas concordaram. Disseram-me que se eu, todos os dias, ao deitar-me, pensasse nalgo que detestava intoleravelmente acerca do meu ex, que iria ajudar. Mas no que é que odiá-lo me ajudará a manter uma amizade com ele? "Mas tu queres ser amiga dele, porquê?", perguntou-me a Alexandra, com um olhar de desprezo. E eu ia responder, mas calei-me. Sei lá. Simplesmente acho que se fomos amigos antes de tudo o resto... porque não voltar a isso mesmo? 

Talvez seja mais uma daquelas situações em que é muito relativo e que depende muito do caso. Imaginemos: o meu ex traiu-me com a colega de trabalho de grupo e vim a descobrir por outra pessoa. Bem. Talvez não quero um amigo 'desses' na minha vida, não é? Mas e então quando a relação acaba de uma forma mais pacífica e racional? Sem confianças quebradas, sem mentiras e sem muitos rancores? Sim, aí parece-me bem. 

A verdade é que sempre fui pessoa de me manter amiga dos ex's. Mas não logo de seguida; e não de ânimo leve. Aliás, primeiramente, odiei-os durante meses. Difamei-os. E, por fim, convenci-me a mim própria que não precisava deles para nada. E, depois... Depois, olha! Dava por mim e estava com eles, numa esplanada, a falar sobre tudo e mais alguma coisa, como se sempre tivesse sido assim.

Será que temos obrigatoriamente de passar pela fase do "ódio ao ex"? Do "nojo" e da "cólera"? Para deitarmos todas as energias negativas fora e, mais tarde, conseguirmos voltar à estaca zero?